sexta-feira, 2 de abril de 2010

Filho da Puta

Assim entre nós, estimados compatriotas, o filho-da-puta não existe em maior ou menor número que outros lugares; não, estimados compatriotas, não haja ilusões. Sucede apenas que o filho-da-puta nacional tem os seus hábitos e modos próprios. Um bocadinho triste, apagado, cansado, muito queixoso, muito lamentoso, vaidoso mas satisfeito com pouco, muito hipócrita e, coisa curiosa, ao mesmo tempo ordinário e delicado, muito ordinário e muito delicado, muito muito ordinário e muito muito delicado.


Alberto Pimenta, Discurso sobre o filho-da-puta

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